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Proteínas (CHON)
Proteínas (CHON)
Por ter um Nitrogênio, a proteína (ptn) não é oxidada até o fim. Seu produto final é a amônia.
A menor fração da proteína são os aminoácidos (aa), que são classificados em essenciais e não essenciais.
De acordo com a quantidade de aa, a ptn é de maior ou menor valor biológico (VB).
Alto VB: aa essenciais em quantidade adequada ao crescimento. Ex.: ptns de origem animal.
Baixo VB: não há crescimento (alimentos de origem vegetal); as leguminosas tem mais aa essenciais que outros alimentos de origem vegetal. Dieta de baixo VB ocasiona desnutrição protéica e o indivíduo não cresce muito.
Aminoácido (aa) limitante – é o aa que está em baixa concentração em um determinado alimento, tornando o alimento com baixo VB. Ex.: arroz (limitância em lisina) e feijão (limitância em metionina) – ambos se completam, tornando a combinação com alto VB.
Principal função da ptn
Síntese. A ptn preserva os aa para sua função anabólica. Também podem fornecer energia, mas isso traz prejuízos na sua função principal (síntese).
Balanço nitrogenado (BN)
É o resultado da ingestão menos a excreção:
BN + (excreção menor que a ingestão) – síntese. Ex.: gestação, lactação, adolescência, infância etc.;
BN – (excreção maior que a ingestão). Ex.: envelhecimento (processo anabólico diminuído), atividade física de alta intensidade/ volume/ freqüência etc.
BN 0 (não há déficit) – situação neutra: os aa ingeridos são sintetizados.
Ingestão ideal de ptn pela OMS: 0,9g/kg de massa corporal.
Quando há consumo de aa maior que a necessidade, há um aumento da excreção de uréia, que é sintetizada pela amônia (NH3), sobrecarregando os rins. Porém, a recomendação de ptn para atletas de força é um pouco maior (2,3g/kg de MC) do que para atletas de resistência (1,2g/kg de MC). Para ambos os atletas, 0,9g/ kg de MC é pouco, ocasionaria perda de massa magra.
Absorção dos aa pela membrana borda em escova (MBE)
Os carreadores auxiliam a passagem dos aa pela BEM, porém são específicos para cada aa. Há gasto de energia. Se não houver carreador específico ou a quantidade de carreadores existentes não der conta, o excesso de aa irá compor o bolo fecal para ser excretado.
Quando o aa chega ao fígado e é quebrado para seu carbono ir para biossíntese, ocorre desaminação e a transaminação.
A desaminação é a retirada do grupamento amino (NH2); se houver H, se une e vira amônia.
Quando um aa perde o NH2, vira um cetoácido recebendo, posteriormente, um NH2 do resultado da desaminação de outro aa qualquer. Então, ele vira um novo aa (não essencial): esse processo é chamado transaminação.
A desaminação e a transaminação acontecem para a constantes renovações celulares (pele, eritrócitos etc.) chamadas de turn over, pois a quantidade de ptns da dieta não supre a necessidade dos aa não essenciais.
A piridoxina (vit. B6) é responsável por esses dois processos.
Funções dos aa
Síntese de ptn, corpos cetônicos (formados pelos aa cetogênicos) e glicose (formada pelos aa glicogênicos).
Minerais
Nosso organismo não sintetiza nenhum mineral; todos são essenciais (adquiridos através da alimentação).
Classificação (baseada na concentração dos minerais no corpo e nos alimentos)
Macrominerais – basicamente ossos e dentes (quantidade muito superior à dos microminerais, cerca de 100, 1000 vezes, contada em mg): cálcio, sódio, fósforo, potássio, enxofre, cloro, magnésio, silício. Exemplo: a RDA do zinco para homens é 8 mgZn/dia; o cálcio (também para homens) é de 1000 mgCa/dia, sendo que para adolescentes, a RDA sobe para 1.200 mgCa/dia.
Microminerais (ou microelementos) – quantidade pequena, contada em microgramas (mcg): ferro, zinco, iodo, cobre, selênio...
Então, a quantidade necessária a ser ingerida desses nutrientes é muito pequena.
Ferro – é o micromineral mais biodisponível nos alimentos de origem animal (Fe +2 - maior quantidade entrando na célula). Nos alimentos de origem vegetal, a biodisponibilidade do ferro é menor (nosso organismo não tem receptores para o Fe +3). No caso de indivíduos vegetarianos, o que impede que eles morram de anemia é que, no estômago, a presença do HCl (ác. clorídrico) e da vit. C faz com que o Fe +3 seja reduzido a Fe +2. Então, quando o Fe +3 do alimento vegetal é consumido concomitantemente com a vit. C, ao chegar na MBE, esse Ferro é reconhecido e absorvido.
Quem atua nessa biodisponibilidade é a carga iônica do ferro. Temos receptores para ferro carga +2.
Todos os microminerais tem, na MBE, um controle de absorção, isto é, a capacidade absortiva é maior ou menor de acordo com a necessidade do corpo (estado nutricional). Então, se houver um quadro de anemia por deficiência em Ferro, a capacidade absortiva do Ferro aumenta. Por outro lado, se a ingestão de Ferro for alta em uma situação em que a quantidade no organismo é adequada, o organismo excretará o excesso, pois o Ferro em excesso é tóxico ao corpo (prejuízos: hemólise – quebra das células vermelhas, liberando mais Ferro num ambiente que já está rico em Ferro; destruição dos hematócritos, aumentando o estresse oxidativo, pois esse mineral é pró-oxidante). Essa é uma forma de prevenção contra a intoxicação por minerais.
No caso de ingestão de Ferro concomitante com leite, o meio se torna alcalinizado, retardando a absorção (precisa de meio ácido para ser absorvido). E quando o Ferro está quelado a outro mineral, é provável que ele não seja absorvido.
Quando se ingere um alimento concomitantemente com o etanol (bebida alcoólica), a função hepática é diminuída, pois o fígado dá prioridade ao metabolismo do álcool. Por isso, o melhor horário para a ingestão de vinho é à noite, após a última refeição.
Quando o Ferro chega na MBE, apenas o +2 passa, o +3 precisa ser convertido a +2 antes para passar também. Como ele é pró-oxidante, qualquer radical livre que ele encontrar no caminho, ele irá propagar a destruição da célula. Então,para que ele seja transportado no sangue, ele precisa estar ligado a uma ptn chamada transferrina (a quantidade de transferrina detectada num exame de sangue indica a quantidade de Ferro transportado). Para que o Ferro seja capturado e transportado pela transferrina até chegar aos tecidos (medula óssea, fígado, baço...), a enzima hepática cerulosplasmina precisa fazer com que esse Ferro seja oxidado - com a presença do cobre - a Ferro +3. No caso de uma anemia ferropriva ocorre a deficiência de Cobre. A transferrina consegue carrear até 4.000 Fe e é reconhecida pela membrana dos tecidos, podendo liberar o Ferro e retornando a apotransferrina, isto é, a transferrina sem o Ferro.
A probabilidade de um indivíduo ter deficiência em Cobre é pequena, pois o mesmo é encontrado em alimentos muito consumidos em nossa cultura. A forma mais provável de adquirir uma deficiência (de Cobre ou Ferro) seria a ingestão concomitante de Ferro, Cobre e Zinco, pois esses três minerais competem o mesmo sítio de ligação na membrana borda em escova e o Zinco ganha, pois sua quantidade é 10 vezes maior.
Funções do Ferro após a distribuição nos tecidos
A medula faz hematopoiese; no músculo, ocorre a síntese da mioglobina; no fígado, a síntese da ferritina, que é a forma como o Ferro é armazenado no fígado; no baço, a hematopoiese. A partir daí, ele pode variar entre +2 e +3 (exceto quando está ligado a uma ptn), o que explica sua característica pró-oxidante.
Quando a quantidade de ferritina no plasma é analisada num exame, ela indica quanto Ferro em seu conteúdo está sendo mobilizado. Se ela é muito baixa, há uma anemia grave, pois o Ferro que deveria estar armazenado está sendo mobilizado. Isso também indica que o estado nutricional do indivíduo também está muito ruim, isto é, existe algum fator dietético diminuindo a biodisponibilidade do Ferro (possíveis motivos: indivíduo vegetariano que não faz consumo concomitante de vit C com o Ferro; consumo exagerado de Cobre e Zinco, prejudicando a absorção de Ferro; erro nato do metabolismo que não faz síntese de celuroplasmina; algo que está impedindo que o Ferro seja armazenado e ele está sendo utilizado (hemorragia etc.).
Hemograma (medição da quantidade dos elementos das séries vermelha e branca do sangue)
RBC (eritrócito) – contagem; se estiver baixo, pode ocorrer isquemia (porque sua função é transporte de O2). Não tem organelas (não sintetiza nada). Quando nasce, se chama reticulócito e tem tamanho maior que o RBC maduro. Os reticulócitos transportam 25% mais O2 que os eritrócitos maduros e são mais resistentes (maior capacidade antioxidante). Anemia falciforme: o indivíduo que a tem não pode praticar exercício aeróbio, senão suas células estouram.
Hb (hemoglobina) – g/dl; se o Ferro estiver baixo, menos hemoglobinas e eritrócitos são sintetizados. Porém, Hb e RBC baixos apenas não são suficientes para indicar anemia.
Ht (hematócrito) - %; relação da parte sólida (elementos figurados) para a parte líquida (plasma), em função de 100%.
Se a parte sólida é maior que a líquida: hemoconcetração - o indivíduo está desidratado (ocorre naturalmente imediatamente após o exercício) ou pode ser doping sanguíneo etc. É um quadro prejudicial.
Se a parte líquida é maior que a sólida: hemodiluição – pode ocorrer naturalmente pelo aumento da ingestão de líquidos durante a atividade física ou proveniente do exercício (após cerca de 24h após).
VCM (volume corpuscular médio) – g/dl; volume do eritrócito (tamanho da célula); indica anemia macrocítica (deficiência de vit B12 e Folato) ou microcítica (deficiência de Ferro).
HCM (hemoglobina corpuscular média) – mg/dl; indica em média quanta Hb tem no eritrócito, determinando sua coloração: hipocromada ou normocromada (nunca com coloração em excesso).
CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média) – mg/dl; razão entre volume e concentração de Hb (confirma se a célula, caso estivesse pequena, estaria normocromada). Razão: VCM/HCM.
RDW (amplitude de variação do volume dos eritrócitos) – identifica a homogeneidade ou heterogeneidade das células vermelhas (em relação ao tamanho). Heterogêneas: qualidade dos eritrócitos baixa e o O2 não é transportado adequadamente. Quadro de anisocitose (a não ser que seja diferença de tamanho devido à maturação celular: jovens – grandes/ maduras – menores).
O impacto do exercício estimula a medula óssea à produção de eritrócitos, ocasionando uma heterogeneidade positiva (quando está dentro do limite máximo, senão perde a fluidez). Anemia ou hemorragia também estimulam a medula para produção de eritrócitos, porém essa produção é de má qualidade.
Contagem de RDW após 24h de repouso: 14% (estímulo aos tecidos hematopoiéticos – medula e baço – para a produção de eritrócitos);
Contagem de RDW após 5 dias de repouso: 12% (sem atividade física, diminui o estímulo, diminui a heterogeneidade (maior fluidez, maior transporte, O2 etc. O repouso é benéfico e necessário). Após: produção menor que 0,01.
Então, o RDW poupa o atleta: ele deve descansar. Na altitude, o menor aporte de O2 estimula a glândula adrenal a liberar o hormônio eritropoietina, que estimula as células hematopoiéticas a produzirem as células sanguíneas. Resultado: mais O2, mais transporte, mais resistência etc. Mas é necessário proteínas, Ferro, colesterol, Zinco, AG poliinsaturados, B12 etc. Porém, isso só ocorre em situação sistêmica; uma atividade anaeróbia é apenas localizada, por isso não estimula a produção de eritrócitos.
Série branca (contagem da imunologia superficialmente)
WBC: total das células brancas;
Neutrófilos – quando está alto, indica infecção;
Basófilos;
Eosinófilos – quando alto, indica parasitismo ou processo alérgico. O indivíduo pode ter anemia devido aos parasitas que consomem o ferro antes do organismo.
Zinco
Fontes alimentares (do maior para o menor): clara de ovo, carne de frango, ostras, cereais integrais (mais quantidade no farelo e no germe).
Interações: o Zn compete com o mesmo sítio absortivo com o Fe e o Cobre (Cu), causando deficiência dos outros minerais quando sua ingesta é concomitante e sua suplementação é excessiva.
Recomendação diária de Zn: homens – 11mg/ dia; mulheres – 8mg/ dia. Essa não é uma quantidade difícil de ser atingida; a quantidade máxima é 40mg/dia. Quando ocorre o excesso, causa diminuição do paladar (devido à diminuição da sensibilidade das papilas gustativas), diminuição do HDL etc.
Funções
Faz parte mais de 300 enzimas (estabilidade etc.): LDH, SOD (superóxido desmutase etc.), capacidade antioxidante... Sua ação no corpo é extremamente importante. Quando há lesão no tecido muscular, o Zn extravasa para o plasma (seu armazenamento é no tec. muscular). O Zn é reabsorvido pelos músculos e outros tecidos.
Após o treinamento pesado, é natural que ocorra um pseudoquadro de hiperzincemia. O Zn também estimula a liberação hormonal: leptina (é liberada pelo tec. adiposo e controla a ingestão de energia; na obesidade, esse controle é perdido – obesos são hiperleptinêmicos – ocorre compulsão alimentar; isso também faz com que ocorra deficiência em Zn: hipozincemia) e testosterona (não funciona na suplementação no caso de quem tem taxa de Zn adequada).
Cobre
Fontes alimentares: crustáceos, nozes, sementes, hortaliças, cereais, fígado e outras víceras, chocolate (fonte excelente, pois o cacau é rico em Cu).
Trabalha em conjunto com o Cobre (Cu) na SOD (é encontrada nos eritrócitos), pois o Cu é centroativo e o Zn dá a estabilidade.
Problema na sua suplementação: é tóxico (pró-oxidante). Porém, sua deficiência é rara. No caso da necessidade de suplementação, esta deve ser acompanhada e orientada, para que o estresse oxidativo não supere a ação antioxidante.
Funções
Dualidade (pró-oxidante e antioxidante), participa do transporte de Fe, pois compõe a celuroplasmina.
Selênio
Fontes alimentares: oleaginosas (nozes, amêndoas, castanha-do-pará [melhor fonte]), frutos do mar, carnes, laticínios (mais pobres).
O selênio também é tóxico; sua contaminação causa uma doença chamada selenose, que reduz a atividade dos hepatócitos. Em caso grave, leva à lesão hepática.
Função
Compõe a enzima antioxidante glutationa peroxidase, que trabalha no impedimento da formação do superóxido e da hidroxila (função semelhante à da catalase).
A obesidade aumenta o estresse oxidativo porque o tecido adiposo em excesso gera processo antiinflamatório.
Cálcio e Fósforo
Fontes alimentares (as mesmas fontes tem Ca e P): leite e derivados (maior biodisponibilidade) e vegetais verde-escuros (menos biodisponíveis, pois contém ác. oxálico, que fica quelado ao Ca, formando o oxalato de cálcio, que é um sal insolúvel, diminuindo assim a biodisponibilidade).
Cafeína – diminui a absorção do Ca na MBE, além de aumentar sua excreção na urina.
Suflê (leite - Ca) de espinafre (verde-escuro – Ca): o espinafre prejudica a absorção do Ca do leite em função do ác. oxálico.
Excesso de ptn também aumenta a excreção de Ca urinário e diminui o pH.
Recomendação de cálcio
Crianças e adolescentes, nutrizes e gestantes: 1200mg/dia;
Adultos: 1000mg/dia.
Como atingir 1200mg: 3 copos de leite de 300ml ou suplemento de Ca + vit. D. Para o Ca ser absorvido, é necessária a presença da vit. D.
Densidade óssea
Medida da quantidade de Ca nos ossos (insgestão recente e passada); até os 30 anos se tem um perfil hormonal adequado para a densidade. Após isso, não tem como recuperar.
Hormônios
O estrogênio favorece a deposição de Ca nos ossos. No grupo maior de 30 anos, a reposição deve ser de Ca + estrogênio.
Na trabécula óssea dos ossos longos há maior liberação de Ca para o plasma, quando este tem uma concentração de Ca menor que 10mg/dl. Essa taxa baixa estimula a liberação do paratormônio (PTH), que dispara a reabsorção de Ca. A tireocalcitonina faz o inverso (quando atinge a quantidade ideal de Ca nos ossos).
Funções do cálcio
Compõe ossos e dentes, contração muscular (incluindo batimento cardíaco), sinalizador celular (hipótese: ação do Ca sobre o adipócito – alta concentração de Ca no plasma diminui a lipogênese e aumenta a lipólise no adipócito de pacientes obesos e crianças que aumentam sua ingestão de Ca: mais leite e derivados – esses alimentos tem CLA [ácido linoleico conjugado], que também tem essa ação. Quando o Ca é suplementado, esse efeito não ocorre. Então, talvez seja ação do CLA).
Cálcio em excesso deposita-se em articulações e tecidos moles: é prejudicial.
Melhora da densidade óssea e atividade física
Atividade física de alto impacto aumenta a densidade óssea; atividade física de baixo impacto tem um favorecimento menor nesse aumento. Obesos tem densidade óssea maior em função da carga corporal que sustenta.
Vitaminas
São nutrientes essenciais e não temos reservas em larga escala. São hidrossolúveis ou lipossolúveis.
Hidrossolúveis
Vit. C e complexo B. A vit. C tem função diferente do complexo B, pois participa de processo de oxidação e hidroxilação; o complexo B funciona como coenzimas (porção protéica + vitaminas).
Não armazenamos vitaminas hidrossolúveis, por isso elas não apresentam toxicidade.
Lipossolúveis
A, D, E e K. Armazenamos principalmente no fígado (vit. A) e tecido adiposo (vit. E).
Vitamina A - Existe risco de hipervitaminose (a hipervitaminose A prejudica os hepatócitos, e sua suplementação em excesso, na gestação, leva à teratogênese: alteração morfológica do feto). Sua deficiência ocasiona xeroftalmia (espécie de queloides na pele), queda de cabelo e diminuição de outras funções da vit. A Solução: ingerir beta caroteno, pois hipo ou hipervitaminose A causam a queda de cabelo.
A vit. A possui várias formas químicas:
retinol (forma alcoólica);
retinal (forma aldeídica);
ác. retinóico (ácido);
pré ou pró-vitamina A (beta caroteno). Sua função é manutenção das mucosas, mecanismo fisiológico da visão, crescimento capilar, manutenção da derme.
O beta caroteno é convertido a vit. A no fígado, mas é armazenado na pele. Fonte: alimentos cor-de-abóbora. Ao ingerir muitos alimentos ricos em beta caroteno, a pele se torna amarelada. Apesar disso, não tem risco de toxicidade.
Todas as fontes de vitaminas lipossolúveis são alimentos com alto teor de lipídios (óleos, azeites, oleaginosas, carnes).
Vitamina D – forma inativa: hidroxicolecalciferol; para ser ativada, passa por duas hidroxilações, uma no fígado e uma nos rins, virando 1,25 diidroxicolecalciferol, com o estímulo dos raios UV. A vit. D também está ligada à função imunológica, prevenção de doenças reumáticas e inflamatórias.
Vitamina E – grupo dos tocoferóis (existem 8 tipos, a vitamina E é um deles: alfa-tocoferol). É armazenada no tecido adiposo.
Nos suplementos, não há como isolar um único tocoferol, existe os oito isômeros dos tocoferóis.
A principal função do alfa-tocoferol é a estabilidade da membrana celular, oferecendo elétrons aos radicais livres possivelmente existentes, desativando-os e tornando-se alfa-tocoferil, perdendo assim a sua ação antioxidante. Porém a vit. C recupera-o, formando novamente o alfa-tocoferol.
Baixo %G causa prejuízos nessa função, pois as células tem dificuldade de se proteger dos radicais livres.
Vitamina K – participa de sete fatores do processo de coagulação sanguínea. É a única vitamina produzida pelas bactérias da flora intestinal; sua suplementação é proibida (não existe suplemento de vit. K), devido ao seu alto poder coagulante. O uso de antibiótico diminui a quantidade de vitamina K.
Compõe ossos e dentes, contração muscular (incluindo batimento cardíaco), sinalizador celular (hipótese: ação do Ca sobre o adipócito – alta concentração de Ca no plasma diminui a lipogênese e aumenta a lipólise no adipócito de pacientes obesos e crianças que aumentam sua ingestão de Ca: mais leite e derivados – esses alimentos tem CLA [ácido linoleico conjugado], que também tem essa ação. Quando o Ca é suplementado, esse efeito não ocorre. Então, talvez seja ação do CLA).
Cálcio em excesso deposita-se em articulações e tecidos moles: é prejudicial.
Melhora da densidade óssea e atividade física
Atividade física de alto impacto aumenta a densidade óssea; atividade física de baixo impacto tem um favorecimento menor nesse aumento. Obesos tem densidade óssea maior em função da carga corporal que sustenta.
São nutrientes essenciais e não temos reservas em larga escala. São hidrossolúveis ou lipossolúveis.
Vit. C e complexo B. A vit. C tem função diferente do complexo B, pois participa de processo de oxidação e hidroxilação; o complexo B funciona como coenzimas (porção protéica + vitaminas).
Não armazenamos vitaminas hidrossolúveis, por isso elas não apresentam toxicidade.
A, D, E e K. Armazenamos principalmente no fígado (vit. A) e tecido adiposo (vit. E).
Vitamina A - Existe risco de hipervitaminose (a hipervitaminose A prejudica os hepatócitos, e sua suplementação em excesso, na gestação, leva à teratogênese: alteração morfológica do feto). Sua deficiência ocasiona xeroftalmia (espécie de queloides na pele), queda de cabelo e diminuição de outras funções da vit. A Solução: ingerir beta caroteno, pois hipo ou hipervitaminose A causam a queda de cabelo.
A vit. A possui várias formas químicas:
retinol (forma alcoólica);
retinal (forma aldeídica);
ác. retinóico (ácido);
pré ou pró-vitamina A (beta caroteno). Sua função é manutenção das mucosas, mecanismo fisiológico da visão, crescimento capilar, manutenção da derme.
O beta caroteno é convertido a vit. A no fígado, mas é armazenado na pele. Fonte: alimentos cor-de-abóbora. Ao ingerir muitos alimentos ricos em beta caroteno, a pele se torna amarelada. Apesar disso, não tem risco de toxicidade.
Todas as fontes de vitaminas lipossolúveis são alimentos com alto teor de lipídios (óleos, azeites, oleaginosas, carnes).
Vitamina D – forma inativa: hidroxicolecalciferol; para ser ativada, passa por duas hidroxilações, uma no fígado e uma nos rins, virando 1,25 diidroxicolecalciferol, com o estímulo dos raios UV. A vit. D também está ligada à função imunológica, prevenção de doenças reumáticas e inflamatórias.
Nos suplementos, não há como isolar um único tocoferol, existe os oito isômeros dos tocoferóis.
A principal função do alfa-tocoferol é a estabilidade da membrana celular, oferecendo elétrons aos radicais livres possivelmente existentes, desativando-os e tornando-se alfa-tocoferil, perdendo assim a sua ação antioxidante. Porém a vit. C recupera-o, formando novamente o alfa-tocoferol.
Baixo %G causa prejuízos nessa função, pois as células tem dificuldade de se proteger dos radicais livres.
Vitaminas hidrossolúveis
São sensíveis ao calor, porque altera sua estrutura, perdendo sua função biológica ou extravazando para a água do cozimento.
Luz e oxigênio – suco pronto perde parte de suas vitaminas com o passar das horas, em função da luz e do O2, porém a perda só é alta após 6h.
Vitamina C (ác. ascórbico)
Fontes alimentares – cítricos (porém, sempre precisa ser diluído).
Funções – síntese de colágeno (hidroxila os aa prolina e lisina em hidroxiprolina e hidroxilisina), formando o colágeno; imunologia (aumenta a resistência ao ataque de vírus e bactérias, porém é um fator profilático, e não curativo).
Dose diária recomendada – 60 a 75mg/dia; dose máxima diária: 500mg/dia (mais que isso, o organismo excreta pela urina). Essa capacidade máxima é alta devido à proteção ao risco de cálculo renal (a vit. C se liga ao cálcio nos rins).
Na suplementação de vit. C, deve-se dar preferência às cápsulas brancas, pois o corante amarelo de tartazina é alergênico.
Complexo B
Tiamina (B1)
Fontes alimentares – levedura, carnes, cereais (germe: parte interna); o que não tem tiamina: óleos, leite e frutos-do-mar.
Hipotiamina (hipovitaminose de tiamina): béri-béri.
Funções – participa da neurotransmissão e condução nervosa; metabolismo energético (conversão do piruvato a acetil-CoA.
Riboflavina (B2)
Principais fontes alimentares – alimentos protéicos (carne, ovo, leite...).
Funções – metabolismo energético (FAD: flavina adenina dinucleotídeo): transporte de elétrons.
Deficiência – causa baixo aporte energético e toda sua sintomatologia (fraqueza, letargia...).
Niacina
Precursor do triptofano.
Fontes alimentares – milho, grãos maduros de cereais (70%), carne vermelha. Contraceptivos orais e café diminuem a sua absorção.
Função – metabolismo energético, junto com B1 e B2.
Deficiência – pelagra (doença neurológica).
Ácido pantotênico
Função – faz parte da acetil-CoA.
Deficiência – acarreta problemas no metabolismo energético,, protéico e síntese de lipídios.
Cianocobalamina (B12)
Fontes alimentares - alimentos protéicos, principalmente carnes.
Função – participa da transferência de carbono (síntese de ptn, incluindo DNA) no corpo todo, inclusive células vermelhas.
Deficiência – anemia macrocítica (células grandes: células vermelhas).
Bebibas carbonatadas gasosas (refrigerantes) diminuem o fator castle no estômago (que tem a função de se ligar à cianocobalamina, evitando que ela seja consumida pelas bactérias intestinais antes do organismo).
Ácido fólico
Fontes alimentares – levedura, vísceras, vegetais verde-escuros.
Função – participa da ativação celular da B12.
Deficiência – anemia macrocítica.
Piridoxina (B6)
Fontes alimentares – cenoura, soja, nozes, semente de girassol, peito de frango, abacate, farelo de trigo, banana.
Função – descarboxilação dos aa (transaminação e desaminação).
Deficiência – alteração no metabolismo das ptns.
Água (H2O)
Euhidratação/ normohidratação
Volume de hidratação adequado para a manutenção do volume plasmático.
Desidratação
Perda excessiva de água (2% da massa corporal total é o início da desidratação).
Perda de 3% da MCT em água diminui a resistência muscular; de 4% a 6% causa dores musculares e fadiga; perda maior que 6% é desidratação severa, com perda da consciência e morte.
Hiperidratação - pode causar intoxicação hídrica; causa tontura e vômito.
Armazenamento extra-celular
Quando água do meio extra-celular é perdida em excesso, a ingestão repõe a perda (o prejuízo é menor); quando muita água do meio intra-celular é perdida, a célula murcha e perde a funcionalidade. Dependendo da extensão, a célula morre. É difícil recuperar a água, por isso é a desidratação mais grave.
Formas de obtenção de H2O
Ingestão de qualquer tipo de líquido.
A água metabólica não é capaz de manter a hidratação; é necessária ingesta diária e regular.
Formas de excreção
Urina (1l a 2l/dia), suor (500ml a 700ml/dia), respiração (250ml a 350ml/dia) e fezes (100ml a 200ml/dia).
Na atividade física, o volume de água na urina diminui, para haver um balanço entre urina e suor. Urina e suor contem, além de água, sódio, cloreto, potássio (eletrólitos excretados principalmente no suor).
Para medir % de água no corpo, deve-se pesar a MCT do indivíduo antes e depois da atividade e calcular a diferença. Essa diferença é o que foi perdido em água.
Reposição de água e eletrólitos - repositores: sódio, potássio e glicose.
Sódio
Atentar sempre para a quantidade de sódio, pois se for excessiva, pode aumentar a pressão. Se o indivíduo for hipertenso, pode ter um pico hipertensivo.
A ingestão excessiva de sódio sem necessidade é prejudicial, retém líquido e dá mais sede.
Função da ingestão de Na+: prevenir hiponatremia.
Quantidade ideal em uma bebida: 50 a 150mg/240ml (não deve ultrapassar).
Potássio
Função: aumentar a retenção de água intra-celular.
Quantidade ideal: 30 a 50mg/240ml. Quando há potássio em excesso no tecido muscular, a força da contração muscular diminui, o músculo fibrila ao invés de contrair e o indivíduo pode vir a óbito, pois essa ação também ocorre no tecido cardíaco.
Glicose
Quantidade ideal: 5% do volume total de uma bebida garante a mesma velocidade de esvaziamento gástrico da água; 7% a 9% lentifica o esvaziamento gástrico, aumentando a captação de carboidrato no intestino delgado.
Essa ingestão é indicada em competições com mais de 60min de duração.
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